sábado, dezembro 31, 2011

Feliz Ano Novo...

FELIZ ANO NOVO

para TODOS os meus amigos


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segunda-feira, dezembro 26, 2011

Fernando Pessoa

sexta-feira, dezembro 23, 2011

Feliz Natal!!

segunda-feira, dezembro 19, 2011

" O meu Natal!" - Jorge Monteiro


Como não sei pôr as palavras em forma de poema, para expressar o que me vai cá dentro, por vezes encontro esses feelings nas palavras dos outros e gosto de colocar aqui.
Parece tão fácil, mas, acreditem, não é.

"Já não ponho o meu sapato à chaminé,
já não tenho um pai natal em que acredite,
foi-se o tempo de brincar às escondidas com os pais,
e ouvir cantigas de embalar...e eu sonhava!
Já não tenho o meu Jesus que me visite
pois o tempo não permite regressar ao que eu amava!

O meu pai natal ficou nas nuvens,
num castelo de saudade,em pequenito
trazia brinquedos e sorrisos
num saco que eu julgava infinito!

O tempo nos transforma e envelhece,
ainda ontem eram outras as pessoas,
esse dia vinte e quatro me enternece
faz lembrar essas coisas muito boas,
que a gente mesmo em velhos nunca esquece!..."


Jorge Fernando Ferreira Monteiro

terça-feira, dezembro 13, 2011

Acerca da desmotivação dos alunos #2

Como já aconteceu uma vez, volto a colocar aqui o comentário da amiga Emília, do blog Começar de Novo, porque acho que deve ser divulgado, devido à importância do assunto: a educação dos nosso alunos e tudo o que se relaciona com a sua vida escolar e familiar.

" E eu também assino! Quando eu era criança as escolas não tinham aquecimento, não havia merenda e havia muita fome em casa de muitos. Os mais pobres nem um pãozinho levavam para lanchar e não havia quem lhes desse um. O que se diz de muitas crianças de hoje? Que tem " mimo a mais " Pois é isso que penso dos alunos de agora. Os pais dão-lhes prémios se se comportarem bem, se tirarem boas notas; não tem que premiar, tem que exigir, pois é essa a obrigação deles. Dão-lhes telemóvel ainda no 1º ciclo, carro aos 18; dão-lhes tudo menos princípios, obrigações, disciplina Na aldeia onde nasci, assim como em muitas outras, havia muita miséria, mas sairam de lá muitos licenciados que tinham como única motivação a educação dada em casa, a vida de sacrifíco que os pais tinham, a vontade de terem condições melhores no futuro. Eu com 10 anos saí de casa e tive de ficar hospedada em casa de uma senhora, porque, embora o Liceu não fosse longe( meia hora de carro) não havia transportes e os pais não tinham carro para irem buscar os filhos todos os dias no fim das aulas. Nas universidades viam-se os carros dos professores e agora veem-se carrões dos alunos. É tudo isto, todo este conforto, toda esta falta de exigência da parte dos pais que tira a motivação aos alunos. Quando falam na minha frente que esta é uma geração à rasca eu fico indignada e digo: A nossa sim era à rasca, mas soube desenrascar-se. Agora não há emprego, a crise é grande; Tudo isso é verdade, mas como foi na nossa geração? Eu casei, mas tive que viver com os meus pais apesar de ter o curso de secretariado e estar a trabalhar numa grande empresa; não havia dinheiro e muito menos emprestimos ou subsídios ; não tinha outro jeito senão morar com eles até conseguir dinheiro meu. Em Outubro de 76 tive que ir para o Brasil e naquela época muita gente se foi e porquê? Porque depois da revolução muitas empresas tiveram que fechar, porque os trabalhadores interpretaram mal o significado de liberdade e tomaram conta das empresas. E antes de mim, como foi a geração dos meus pais? Muito pior ainda.Isto não era estar à rasca? Tem comparação com oos dias de hoje? É por isso que eu sempre digo que as crises tem o seu lado bom e esta não vai fugir à regra. Portanto, Romicas o problema continua a ser o facilitismo e a falta de educação em casa.
Os pais tem que começar a entender que o papel principal na formação dos filhos é deles e se continuarem a tratá-los como coitadinhos, eles serão mesmo uns completos enrascados. Um beijinho, amiga e desculpe o testamento, mas este assunto dos nossos jovens choca-me e às vezes tenho até pena deles, porque, apesar da fartura, não tem o principal: Pais de verdade que os saibam preparar para uma verdadeira cidadania."

Emília

sexta-feira, dezembro 09, 2011

Acerca da desmotivação dos alunos

" De uma vez por todas se caia na realidade e se deixe de pedir aos professores aquilo que não lhes compete. Estratégias para isto, estratégias para aquilo; lidar com a indisciplina, lidar com a desmotivação. Aos professores não se deve pedir que arranjem estratégias para resolver esses problemas, pois isso é admitir que eles são situações normais, correntes e com tendência a perpetuar-se. Simplesmente não se pode admitir que eles existam como norma.

A escola pública oferece um ensino gratuito (gratuito!, à exceção da aquisição do material escolar), onde os alunos podem usufruir de refeições a um preço pouco mais do que simbólico, em regra com bons e ótimos equipamentos e professores. Os alunos mais carenciados têm comparticipação parcial ou total na aquisição dos seus materiais, nas
refeições e nos transportes. De um modo geral os programas são adequados às faixas etárias e ao tipo de sociedade que é o nosso. Estas condições por si só não são mais do que satisfatórias para que os alunos e as suas famílias se sintam naturalmente motivados? De que raio de motivação extra precisam os alunos?

Em África, na Ásia e na América Latina há centenas de milhões de crianças e jovens que frequentam escolas (os que têm essa sorte) em condições miseráveis. E aí muitos deles estão bem mais motivados do que os nossos. Serão os seus professores melhores do que nós? Possuirão eles as tais estratégias mágicas que nós, tecnologicamente apetrechados, não conseguimos vislumbrar?

É mais do que evidente que a motivação é uma treta quando colocada nas mãos dos professores, mas uma realidade quando olhamos para os sítios onde reside a sua génese: na sociedade em geral, nas famílias, em quem nos governa e na legislação obtusa que se produz. Por isso, os professores não têm que motivar quando não há motivos de origem
pedagógica para o tipo de desmotivação com que deparam.

A mesma reflexão deve ser feita em relação à indisciplina, que também não é um problema que o professor tenha que resolver. A indisciplina é uma questão que, simplesmente e em circunstâncias normais, não deveria existir! Em circunstâncias normais, para resolver problemas pontuais de indisciplina o professor deveria precisar apenas de uma palavra:
"Rua!"

Se houver comportamentos desadequados nas salas de espera e nos gabinetes médicos dos hospitais serão os médicos a resolvê-las? Se a mesma coisa acontecer numa repartição de finanças são os funcionários que vão resolver? Num restaurante, num meio de transporte, numa sala de espetáculos...?

Ora, o professor não tem que motivar nem disciplinar, tem apenas que ensinar, que é aquilo que se lhe pede cada vez menos. Nessas matérias peçam-se, pois, responsabilidades a quem realmente as tem, senão daqui a 50 anos quem cá estiver estará ainda a falar do mesmo."

António Galrinho


Eu assino por baixo e ainda poderia acrescentar umas tantas coisinhas sobre quem deveria ter a responsabilidade do bom funcionamento das escolas, já que têm os poderes todos para as gerir. Façam valer esse poder nos moldes mais corretos e de forma a darem condições aos professores para fazerem aquilo que lhes compete: ENSINAR.


segunda-feira, novembro 21, 2011

É a hora!

Descansa em Paz, Cóias!

É a hora do meu grito rouco ao vento.
É a hora da minha alma desprendida.
É a hora de me expor ao julgamento.
É a hora de meu adeus a esta vida!


É a hora de dizer toda a verdade.
É a hora de a dizer a toda a gente.
É a hora da minha eternidade.
É a hora de dizer: - Senhor - Presente!


Uma outra vida em luz silente,
Se abre para mim, à minha frente,
Eterna e infinita, num abraço;


Como se a luz do Paraíso docemente
Me iluminasse por dentro de repente
E eu despertasse para a Vida noutro espaço!


                                                                      Raul Cóias Dias

domingo, novembro 20, 2011

Há mais uma estrela lá no alto...


Revelação

Curvo-me sobre mim e comovido,
Registo o pensamento no papel,
E as palavras revelam-me o sentido,
Do meu destino, doces como mel.


Tudo quanto aqui tenho vivido
Sonhos, alegrias, lágrimas de fel,
Não passa de um milagre repetido,
Sem que Quem o fez, se me revele.


Mas descubro estas pequenas maravilhas,
Versos de uma ternura branda e singular,
Como o sabor dos beijos das minhas filhas,
Ou da suave mansidão das ilhas,
Em noites, de muito amor e de luar.
E vejo então que és tu, Senhor, e brilhas!

Um poema de Raúl Cóias, desaparecido a 20/11/2011 (aqui)

Desapareceu uma pessoa de muito valor, com uma cultura inimaginável, amável, respeitador, talvez incompreendido por alguns, amado e respeitado por outros...
- Descansa, Colega Cóias.



sexta-feira, novembro 18, 2011

Amigo Secreto 2011


Já vou participar pelo terceiro ano.
É engraçado conhecer gente de outros países, de uma forma simples e muito agradável. E as amizades ficam e as mensagens também.
Por curioso que pareça, as trocas que fiz, foram sempre com amigas brasileiras e coloquei aqui e aqui . Não tenho nada contra as amigas do meu país, mas gosto de conhecer pessoas de outros países, com vivências, gostos e atividades diferentes.
Para quem possa estar interessado, aqui ficam as regras e as informações:

Olá pessoal!

Trago hoje um passatempo incrível que desde 2009 venho organizando, o "Amigo Secreto na Blogosfera".
Gostaria de convidar a todos blogueiros e blogueiras para participar dessa brincadeira entre amigos.
No ano passado nosso amigo secreto foi perfeito! Todos os participantes receberam seus presentes, conheceram pessoas novas, fizeram novas amizades e conheceram novos blogs.
Deixo bem claro e explícito que o blog EuMulher não se responsabiliza em hipótese nenhuma caso uma ou outra blogueira, desrespeitando o sentido fraterno da brincadeira, não remeta o presente de sua amiga secreta.  Portanto, peço que só participe do Amigo Secreto 2011 pessoas que se comprometam a cumprir a sua parte.

Esse ano continuam as mesmas regrinhas do ano passado, vejam:

  • REGRAS PARA PARTICIPAR DO AMIGO SECRETO 2011
  1. Enviar a prenda de Natal até no máximo dia 03 de dezembro de 2011.
  2. Ter blog há pelo menos 3 meses e o mesmo tem que estar ativo no mínimo 1 veze por semana.
  3. O presente que você irá enviar precisar custar no mínimo  25 reais para  as participantes do Brasil e 15  euros para as participantes do exterior.
  4. Fazer o post no seu blog mostrando o presente com fotos e citar o que ganhou e de quem ganhou.
  5. Fica proibido enviar alimento como parte da prenda. Assim evitaremos desperdício de alimento se o mesmo não chegar a tempo no seu destino final.
  • SUGESTÕES PARA O ENVIO DOS PRESENTES
  1. Livros de culinária em geral, respeitando o valor mínimo da prenda.
  2. Utensílios para  cozinha
  3. Algo que você queira presentear sua amiga secreta, mas sempre com bom senso. Pelo amor de Deus não enviem um pacote de bolacha como prenda de Natal. Tenham bom gosto e pensem no que vocês ficariam felizes em ganhar.
  • PRAZO PARA INSCRIÇÃO
O prazo para deixar seus dados(nome, endereço completo conferido, url do blog), será até dia 25 de novembro de 2011.

Quem quiser participar com blogueiras de outros países me avise por e-mail. Quem não avisar significa que deseja participar apenas com blogueiras do seu país.
Os dados deverão ser enviados para  eumulheratual@gmail.com, bem como possíveis dúvidas.

Farei o sorteio dos amigos secretos e enviarei o nome e o blog sorteado para cada uma assim logo após o prazo da entrega dos dados.

Aguardo vocês!

Até mais."

sábado, novembro 12, 2011

O tempo passa...

Hoje já fazem 11...

Quem conheceu a Dona Celeste da retrosaria, sabia que ela era uma pessoa bem disposta, alegre, gostava de praia... e adorava os netos.
Também lá tinha as suas coisas, mas não temos todos nós?
Por vezes, quando alguma coisa boa acontece no meu dia a dia, lembro-me que gostaria de lhe telefonar para lhe contar as novidades.
E quando os meus filhos fazem alguma coisa bonita ou "grande", sinto uma certa tristeza por eles já cá não estarem para verem os netos e sentirem a alegria que eu tenho a certeza de que sentiriam...

É só mais um ano...


sexta-feira, novembro 04, 2011

3º Aniversário Encontro de Gerações 2011

Este ano também fui ao 3º Encontro de Gerações dos "meninos e das meninas" do Bairro Norton de Matos, em Coimbra, e foi muito bom!

Como é o terceiro, fica implícito que já tenha havido, anteriormente, os outros dois (grande conclusão!!), aos quais eu não fui. Só que desta vez lá consegui reunir-me àquele pessoal que me habituei a ver passar, já bem crescidinho, alguns dos quais me conheceram quando eu era apenas uma miúda.

Acho que já entrei na fase das recordações (será sinal de... ná!) e gosto de os ouvir falar de um ou de outro, do tempo em que também eram raparigas ou rapazes que faziam tropelias nas ruas do nosso bairro.
Já anteriormente falei de como me sinto integrada neste grupo (aqui), ainda que eu seja de uma das pontas do bairro e, tal como dizem o Alfredo Mourinhas e o Tó Ferrão, nem tenham sido decididos os limites para aquilo que é, realmente, considerado o Bairro.

Não foi apenas o almoço, que aconteceu numa quinta com um espaço calmo e inspirador, mas foram também todas as participações artísticas e os reencontros com pessoas que me fizeram recuar no tempo.

Foi muito bom!!!



[Fotos de alguns momentos]


[Breve História dos Gec,s]

[ Coimbra tem mais Encanto... no Encontro de Gerações 2011]

Os dois últimos vídeos mostram a emoção que sentia enquanto tentava segurar a máquina fotográfica... mas dá para ter uma ideia do que se passou neste encontro.

domingo, outubro 16, 2011

Os professores, por José Luís Peixoto

De vez em quando, há alguém que se lembra de escrever alguma coisa sobre os professores e foi com muita satisfação que li o que José Luís Peixoto escreveu sobre nós.
Recordando no que tinha em mente quando, desde muito jovem, pensava o que queria ser "quando fosse grande", e no que sou hoje, como professora, e por força das circunstâncias, e no que falam de mim, enquanto profissional, pergunto, o que mais querem de nós e qual será o dia em que nos vão olhar como alguém que está a preparar o futuro.
Confuso? 
É que é mesmo essa confusão que vai na cabeça de quem, diariamente, se confronta com...
... alunos que não têm QUALQUER respeito por quem têm à frente;
... pais que não fazem a mínima ideia do que é EDUCAÇÃO, seja a que nível for (sim, podemos falar de vários tipos de Educação...);
... colegas que só pensam na avaliação, nas centésimas que têm a mais ou a menos, no cochicho pelos cantos, nos...
... no sistema burocrático imposto nas escolas, que veio, em tudo, subverter a função do professor;
... diretores que, uns mais, outros menos, pouco querem saber do trabalho dos COLEGAS, e se preocupam apenas em exercer o poder que estupidamente, lhes foi concedido;
... uma ESCOLA que pouco ou nada tem para oferecer a quem continua  a ter o sonho de ensinar as crianças "a pescar", para que, no futuro, tenham uma mesa farta de conhecimentos e ferramentas para a vida que têm de enfrentar.


Um ataque contra os professores é sempre um ataque contra nós próprios, contra o nosso futuro. Resistindo, os professores, pela sua prática, são os guardiões da esperança.

O mundo não nasceu connosco. Essa ligeira ilusão é mais um sinal da imperfeição que nos cobre os sentidos. Chegámos num dia que não recordamos, mas que celebramos anualmente; depois, pouco a pouco, a neblina foi-se desfazendo nos objectos até que, por fim, conseguimos reconhecer-nos ao espelho. Nessa idade, não sabíamos o suficiente para percebermos que não sabíamos nada. Foi então que chegaram os professores. Traziam todo o conhecimento do mundo que nos antecedeu. Lançaram-se na tarefa de nos actualizar com o presente da nossa espécie e da nossa civilização. Essa tarefa, sabemo-lo hoje, é infinita.


O material que é trabalhado pelos professores não pode ser quantificado. Não há números ou casas decimais com suficiente precisão para medi-lo. A falta de quantificação não é culpa dos assuntos inquantificáveis, é culpa do nosso desejo de quantificar tudo. Os professores não vendem o material que trabalham, oferecem-no. Nós, com o tempo, com os anos, com a distância entre nós e nós, somos levados a acreditar que aquilo que os professores nos deram nos pertenceu desde sempre. Mais do que acharmos que esse material é nosso, achamos que nós próprios somos esse material. Por ironia ou capricho, é nesse momento que o trabalho dos professores se efectiva. O trabalho dos professores é a generosidade.
Basta um esforço mínimo da memória, basta um plim pequenino de gratidão para nos apercebermos do quanto devemos aos professores. Devemos-lhes muito daquilo que somos, devemos-lhes muito de tudo. Há algo de definitivo e eterno nessa missão, nesse verbo que é transmitido de geração em geração, ensinado. Com as suas pastas de professores, os seus blazers, os seus Ford Fiesta com cadeirinha para os filhos no banco de trás, os professores de hoje são iguais de ontem. O acto que praticam é igual ao que foi exercido por outros professores, com outros penteados, que existiram há séculos ou há décadas. O conhecimento que enche as páginas dos manuais aumentou e mudou, mas a essência daquilo que os professores fazem mantém-se. Essência, essa palavra que os professores recordam ciclicamente, essa mesma palavra que tendemos a esquecer.
Um ataque contra os professores é sempre um ataque contra nós próprios, contra o nosso futuro. Resistindo, os professores, pela sua prática, são os guardiões da esperança. Vemo-los a dar forma e sentido à esperança de crianças e de jovens, aceitamos essa evidência, mas falhamos perceber que são também eles que mantêm viva a esperança de que todos necessitamos para existir, para respirar, para estarmos vivos. Ai da sociedade que perdeu a esperança. Quem não tem esperança não está vivo. Mesmo que ainda respire, já morreu.
Envergonhem-se aqueles que dizem ter perdido a esperança. Envergonhem-se aqueles que dizem que não vale a pena lutar. Quando as dificuldades são maiores é quando o esforço para ultrapassá-las deve ser mais intenso. Sabemos que estamos aqui, o sangue atravessa-nos o corpo. Nascemos num dia em que quase nos pareceu ter nascido o mundo inteiro. Temos a graça de uma voz, podemos usá-la para exprimir todo o entendimento do que significa estar aqui, nesta posição. Em anos de aulas teóricas, aulas práticas, no laboratório, no ginásio, em visitas de estudo, sumários escritos no quadro no início da aula, os professores ensinaram-nos que existe vida para lá das certezas rígidas, opacas, que nos queiram apresentar. Se desligarmos a televisão por um instante, chegaremos facilmente à conclusão que, como nas aulas de matemática ou de filosofia, não há problemas que disponham de uma única solução. Da mesma maneira, não há fatalidades que não possam ser questionadas. É ao fazê-lo que se pensa e se encontra soluções.
Recusar a educação é recusar o desenvolvimento.
Se nos conseguirem convencer a desistir de deixar um mundo melhor do que aquele que encontrámos, o erro não será tanto daqueles que forem capazes de nos roubar uma aspiração tão fundamental, o erro primeiro será nosso por termos deixado que nos roubem a capacidade de sonhar, a ambição, metade da humanidade que recebemos dos nossos pais e dos nossos avós. Mas espero que não, acredito que não, não esquecemos a lição que aprendemos e que continuamos a aprender todos os dias com os professores. Tenho esperança.
Artigo de José Luís Peixoto, publicado na revista Visão de 13 de Outubro de 2011 (aqui)

quinta-feira, outubro 13, 2011

Publicidade cativante


Que belas mentes essas, as que conseguem arrancar gargalhadas às pessoas, com a facilidade com que se pode ver. E como é bom parodiar em conjunto...

E... uma boa motivação para se fazer desporto...

domingo, setembro 11, 2011

2001 - 10 anos...

Era 3ª feira e lembro, perfeitamente, que estava a almoçar, em casa, quando tudo aconteceu.
Não queria acreditar que tal pudesse suceder, mas, infelizmente era real!
Tudo o que se viu sabe a horror, mas há situações que, para mim são extremamente chocantes:





[Fotos do Google]

Por mais que pense, não creio que seja suficientemente capaz de imaginar o que é estar LÁ naqueles momentos...

sábado, setembro 10, 2011

Educação no Brasil - depoimento de uma professora...


Todos nós nos queixamos, mas há sempre uns que estão pior e outros que estão menos mal...
Felizmente, há quem tenha a capacidade de confrontar os responsáveis e de denunciar a realidade de uma classe trabalhadora.

Eu não trocaria...



Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítica de mim mesmo. Eu me tornei meu próprio amigo .. Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão "avant garde" no meu pátio. Eu tenho direito de ser desarrumada, de ser extravagante. Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento. 

 Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia? Eu Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 &70, e se eu, ao mesmo tempo, desejo de chorar por um amor perdido ... Eu vou. Vou andar na praia em um maiô excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set.

Eles, também, vão envelhecer. Eu sei que eu sou às vezes esquecida. Mas há mais, alguns coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes. 

Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado. Como não pode quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito. 

Eu sou tão abençoada por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto. Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata. Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você se preocupa menos com o que os outros pensam. Eu não me questiono mais. Eu ganhei o direito de estar errado. 

Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ser velha. Ele me libertou. Eu gosto da pessoa que me tornei. Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer). 

Que nossa amizade nunca se separe porque é direto do coração!

quarta-feira, junho 01, 2011

A maior flor do mundo

Uma estória linda!!

quinta-feira, maio 26, 2011

Vive !!!!!!!!!!!!!


Recebi um email da amiga Hermínia com estas imagens lindas e resolvi fazer um poste.
Há dias tão complicados e em que regresso a casa tão cansada e farta de tudo, que ler um email destes, ainda que com frases mil vezes já pensadas, faz sorrir e achar que... "afinal talvez possa ser diferente..."































domingo, maio 01, 2011

Dia da Mãe

Para todas as MÃES...
... mesmo as que já cá não estão...


...e para mim também!

domingo, abril 24, 2011

A todos os meus amigos, desejo uma Páscoa feliz, cheia de coisas boas, doces e com a família à volta, se for caso disso.


quarta-feira, abril 06, 2011

Já ando a dizer isto há tanto tempo...


Qualquer dia, as nossas escolas só têm "caquéticos" a arrastarem-se de uma sala para a outra, até porque já nem serão capazes de ir à sala de professores a tempo de regressar. Usarão fraldas descartáveis, para não largarem as turmas para irem à casa de banho. E todas as outras coisas próprias de pessoas idosas, esquecidas... Não que o sejam, mas que se tornem envelhecidas pelo dia a dia de gritos, indisciplina, falta de educação e tudo o mais que grassa pelas nossas escolas.
Mais uma vez eu repito: todas as nossas leis, decretos e ofícios são inventados, elaborados e enviados cá para fora, por gente que está sentada em gabinetes, no seu sossego e com ar condicionado, sem qualquer conhecimento REAL da situação REAL do que se passa nas escolas. Pelo menos é o que parece!
Mais uma vez partilho a opinião de Ramiro Marques no ProfBlog.



"Ensinar até aos 67 anos de idade?Estão loucos?



Ouvem-se vozes autorizadas a defender a idade da reforma aos 67 anos com a justificação do aumento da longevidade, envelhecimento da população e rotura financeira do sistema de pensões.

Tudo razões de peso. Vários países europeus, entre eles a Alemanha, aprovaram legislação no sentido de aumentar progressivamente a idade da reforma para os 67 anos.

Nas condições atuais de exercício da docência em Portugal, é impossível manter os professores na profissão até aos 67 anos de idade. Seria o mesmo que condená-los a uma morte precoce tal o nível de indisciplina existente nas escolas portuguesas.


Se tal acontecer, urge introduzir alterações profundas na forma como é exercida a profissão, entregando as funções sociais, de animação, administrativas e de prestação de contas a outros grupos profissionais. A animação deve ser feita por animadores, a assistência social por educadores sociais e as tarefas administrativos por assistentes administrativos.

A autoridade dos professores, dentro da sala de aula, tem de ser reforçada, colocando ao serviço deles mecanismos que travem de imediato o mau comportamento, a indisciplina e a violência verbal e física. 

Ensinar em Portugal é uma tarefa muito mais complexa e difícil do que fazê-lo nos países onde a profissão docente mantém a autoridade e se centra no ensino. Há muito que deixou de ser assim em Portugal."